Conversando com a Base #60 | Escola com censura, não!

O Projeto de Lei denominado “Escola sem Partido” foi o assunto, relacionado à educação, que teve destaque nos noticiários da semana. Entidades educacionais se mobilizaram, sob a liderança da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), no sentido de evitar a aprovação do que, na verdade, é uma tentativa de institucionalização da censura nas escolas.

 

Seus defensores desejam uma escola de pensamento único, sem debates, sem questionamentos, sem reflexão, sem críticas, indo de encontro à Constituição Federal e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que expressam a gestão democrática e o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas como pilares da educação.

 

Quem trabalha na área educacional sabe que escola sem ideologia não existe, pelo contrário, é lá que deve haver a liberdade de pensamento, de escolhas, com respeito e criticidade. Estudantes não são massas de manobra, não são receptáculos vazios. Na realidade, são capazes de ouvir, analisar, fazendo escolhas e construindo seu conhecimento educacional.

 

Aqueles(as) que proclamam professores(as) como doutrinadores(as) revelam posições totalitárias e contrárias à liberdade e ao senso crítico, tentando silenciar a juventude. São eles(as) verdadeiros doutrinadores dos estudantes, ao induzi-los a considerar seus professores(as) como inimigos(as), disseminando o ódio e propagando preconceitos.

 

Como reflexo da crescente onda fascista, a mídia também repercutiu a distribuição de material impresso, anônimo, com alto teor de ódio e ameaça de morte a professores(as) e estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade de Pernambuco (UPE), em Nazaré da Mata.

 

O SINPROJA expressa solidariedade à comunidade acadêmica e repudia qualquer tipo de violência e de censura ao pensamento crítico. Clama por resistência institucional, no sentido de garantir autonomia pedagógica, liberdades civis e democráticas.

 

O SINPROJA exige que as autoridades competentes tomem as providências cabíveis no sentido de investigar a origem dessa barbárie e de punir os criminosos. Precisamos continuar vigilantes e mobilizados(as) para não permitir retrocesso ao desenvolvimento humano.

 

SINPROJA: 25 ANOS DE LUTA, EM DEFESA DA EDUCAÇÃO JABOATONENSE

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